No fundo, a saudade, o sentir a ausência, depois de algum tempo - que nem mesmo as eras sabem - torna-se aquela poltrona que não combina mais com a mobília.
Ela está ali pra te lembrar o quão confortável as coisas foram, o quão desgastadas elas estão.
Não a jogamos fora simplesmente porque ela nos mostra que já tivemos utilidade, já ocupamos um espaço em seu conforto. Fomos amparados em seus braços e descansamos em seu assento.
Só por isso não a jogamos fora, porque ali, no canto, fingimos não a ver. Porque temos respeito, ou tentamos ter.
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